De facto, é um grande problema que afecta a maior parte de nós. Quantas vezes não vimos já uma pessoa a correr para ir apanhar o autocarro… o autocarro que a levará a horas ao emprego; o autocarro que vai fazer com que não chegue tão atrasada à escola; o autocarro que permite chegar 30 minutos mais cedo a casa (porque o que vem a seguir apanha trânsito!) e estar mais tempo com a família; o autocarro derradeiro, o último dessa noite, desse dia cansativo.
Quantas vezes não o vemos sair, quantas vezes batemos com a cara na porta, quantas vezes o perdemos por um minuto apenas, um segundo… um segundo é muito importante nesta questão dos autocarros! Quem ainda não pediu, diante da porta fechada, permissão para entrar, “por favor!”, “desculpe!”, “abra lá!”… mas a porta fechada não abre… e não temos outro remédio senão esperar por outro ou decidir por outra alternativa.
Nesta coisa dos autocarros só quem não passa por elas, neste caso por eles, é que não compreende. É como aquele poema do Álvaro de Campos: “Mas, afinal, / Só as criaturas que nunca escreveram / Cartas de amor / É que são / Ridículas”. Não é que eu compare as cartas de amor (ou as ditas criaturas) com os autocarros, longe disso. Apenas quero fazer compreender ao meu leitor que só quem vive a situação é que a compreende. Oh, meus queridos leitores! Quem nunca perdeu autocarros?
E o transtorno que isso faz na vida da pessoa!? Não queiram saber… mesmo que esteja um dia com um sol radioso, torna-se péssimo se perdemos o autocarro logo pela manhã. Ficamos transtornados, suados, nervosos, impacientes… já sabemos que o dia vai correr mal… que não devíamos ter saído de casa… que afinal o signo daquele dia estava certo… enfim, o dia fica perdido… O trabalho não fica bem feito, não há concentração no estudo, não se ouve as pessoas, comemos mal (“estou atrasada!”), não vemos a casca da banana e tropeçamos… enfim, tudo pode acontecer se … perdermos o autocarro.
Há uma frase que eu gosto muito, já a disse esta semana a alguém: “Mais vale eu estar preparada e não surgirem oportunidades, do que surgirem oportunidades e eu não estar preparada”. Gosto de pensar assim, que tudo acontece para me preparar para algo que vem depois, bom ou mau. Que aprendo todos os dias, comigo e com os que me rodeiam, sejam mais velhos ou mais novos do que eu. Nesta viagem da vida, em que tropeço constantemente por falta de atenção e talvez por outras coisas que desconheço, preciso de ir apreciando a paisagem, sem pressas de chegar ao meu destino. Ando a correr, quero fazer tudo ao mesmo tempo, mas a flor não cresce num dia.
Isto leva-me a pensar que não vejo todas as oportunidades que se me abrem todos os dias, as janelas e as portas que me levarão para onde possa realizar todas as minhas qualidades e ser feliz, como se tivesse semeado um fruto. Às vezes é um problema de não as querer ver, inclusivamente de fechá-las, porque há coisas mais urgentes no momento… e urgentes não significa essenciais =).
Se houve coisa que aprendi foi a importância de dizer uma palavra, pois posso nunca mais ter a oportunidade de a dizer. Se houve coisa que aprendi foi a importância do abraço e do elogio, pois posso nunca mais ter a oportunidade de abraçar e/ou de elogiar. Se houve coisa que aprendi foi a importância do ser amigo, pois posso nunca mais ter a oportunidade de o demonstrar.
Porque os autocarros, meus queridos leitores, não esperam por nós!!!
Uma boa semana para todos vós.
Bjinhos,
Anita.
P.S.: Este tema foi-me dado numa aula da ginástica… imaginem! De facto é um bom tema e já à umas semanas que me andava a martelar na cabeça. Aqui vos deixo estas linhas na esperança de vos ser útil.
Quantas vezes não o vemos sair, quantas vezes batemos com a cara na porta, quantas vezes o perdemos por um minuto apenas, um segundo… um segundo é muito importante nesta questão dos autocarros! Quem ainda não pediu, diante da porta fechada, permissão para entrar, “por favor!”, “desculpe!”, “abra lá!”… mas a porta fechada não abre… e não temos outro remédio senão esperar por outro ou decidir por outra alternativa.
Nesta coisa dos autocarros só quem não passa por elas, neste caso por eles, é que não compreende. É como aquele poema do Álvaro de Campos: “Mas, afinal, / Só as criaturas que nunca escreveram / Cartas de amor / É que são / Ridículas”. Não é que eu compare as cartas de amor (ou as ditas criaturas) com os autocarros, longe disso. Apenas quero fazer compreender ao meu leitor que só quem vive a situação é que a compreende. Oh, meus queridos leitores! Quem nunca perdeu autocarros?
E o transtorno que isso faz na vida da pessoa!? Não queiram saber… mesmo que esteja um dia com um sol radioso, torna-se péssimo se perdemos o autocarro logo pela manhã. Ficamos transtornados, suados, nervosos, impacientes… já sabemos que o dia vai correr mal… que não devíamos ter saído de casa… que afinal o signo daquele dia estava certo… enfim, o dia fica perdido… O trabalho não fica bem feito, não há concentração no estudo, não se ouve as pessoas, comemos mal (“estou atrasada!”), não vemos a casca da banana e tropeçamos… enfim, tudo pode acontecer se … perdermos o autocarro.
Há uma frase que eu gosto muito, já a disse esta semana a alguém: “Mais vale eu estar preparada e não surgirem oportunidades, do que surgirem oportunidades e eu não estar preparada”. Gosto de pensar assim, que tudo acontece para me preparar para algo que vem depois, bom ou mau. Que aprendo todos os dias, comigo e com os que me rodeiam, sejam mais velhos ou mais novos do que eu. Nesta viagem da vida, em que tropeço constantemente por falta de atenção e talvez por outras coisas que desconheço, preciso de ir apreciando a paisagem, sem pressas de chegar ao meu destino. Ando a correr, quero fazer tudo ao mesmo tempo, mas a flor não cresce num dia.
Isto leva-me a pensar que não vejo todas as oportunidades que se me abrem todos os dias, as janelas e as portas que me levarão para onde possa realizar todas as minhas qualidades e ser feliz, como se tivesse semeado um fruto. Às vezes é um problema de não as querer ver, inclusivamente de fechá-las, porque há coisas mais urgentes no momento… e urgentes não significa essenciais =).
Se houve coisa que aprendi foi a importância de dizer uma palavra, pois posso nunca mais ter a oportunidade de a dizer. Se houve coisa que aprendi foi a importância do abraço e do elogio, pois posso nunca mais ter a oportunidade de abraçar e/ou de elogiar. Se houve coisa que aprendi foi a importância do ser amigo, pois posso nunca mais ter a oportunidade de o demonstrar.
Porque os autocarros, meus queridos leitores, não esperam por nós!!!
Uma boa semana para todos vós.
Bjinhos,
Anita.
P.S.: Este tema foi-me dado numa aula da ginástica… imaginem! De facto é um bom tema e já à umas semanas que me andava a martelar na cabeça. Aqui vos deixo estas linhas na esperança de vos ser útil.
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