Em primeiro lugar tenho que vos pedir desculpa, caro Leitor e cara Leitora. Estava cansada, precisava de férias e a preguiça para escrever era mais que muita. Desculpa se me descuidei de ti, tu leitor, tu leitora, que vives de textos, de frases, de palavras… Desculpa se me esqueci de ti durante estes dois meses. Perdoas-me? … Espero que sim.
Sabes, nem sempre é fácil escrever… precisamos de um tema, de imaginação, de disposição… enfim… um pouco de tudo e um pouco de nada. Diante desta página em branco (ou em rosa!) as palavras fluem, insistem em sair destas mãos e carregar no teclado. Insistem em sair de mim e ser autónomas. Insisto em escrever mesmo que não tenha nada para dizer, mesmo que o pensamento pare e eu não consiga pensar em nada, mesmo que a preguiça me diga que são horas de dormir, mesmo que a vontade seja ir para o sofá e ver televisão.
Mas afinal por que escrevemos? Já pensaste nisso, Leitor? Leitora? Escrevemos porque não conseguimos suportar o peso das palavras e nos queremos ver livre delas? Será que nos sentimos presos e escrever é uma forma de liberdade? Será a liberdade sinónimo de eternidade? Serei eterna se for livre, se me despegar das palavras e as puser no papel? Conhecemos muitos escritores graças às suas obras, um pouco deles ainda perdura na memória dos homens porque perdura nas páginas de um livro. A marca que pomos no papel, na folha em branco, no ecrã rosa poderá ela ficar para sempre? Talvez não, mas creio que marca sempre quem lê.
E afinal como escrever se não nos ocorre nada? A angústia de muitos escritores perante a primeira folha, como começar? É o incipt, o princípio, o passar da fronteira, que muito angustia quem escreve. Tantas são as formas de passar para o lado de lá, mas nunca sabemos ao certo qual a porta que utilizamos. É como uma porta mágica, que aparece e desaparece, para aparecer noutro lugar, igual ou diferente, ou não aparecer jamais… é uma oportunidade única, um único momento. E só temos uma possibilidade de embarcar nessa viagem que nos leva a Fantasia… a terras longínquas que não se conhecem, à terra sem fronteiras… porque a imaginação não tem fronteiras...
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
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